sábado, julho 31, 2010

Noc noc

É incrível como vivemos sempre num ritmo antagónico.


É inacreditável as voltas que esta maldita Viva dá e nunca pára.

É inaceitável que sejamos fruto do mesmo cajado.

É impossível que lembremos sempre de tudo e de todos que assinaram o livro da nossa Vida.

É inconcebível que consigamos subir montanhas e descê-las(que aparenta ser mais fácil), torna-se o complicado.

Certo dia, entrei numa esfera: sem entrada, sem saída. Engraçado. Pareceu-me ver um pórtico gravemente colorido e ao mesmo tempo encoberto por um azul suavemente lançado pelo céu. Rapidamente achei interessante este lugar... mas nem lembro de entrar em lado algum. Prosseguindo. Haviam apenas dois espaços( espécies de barracas de cana verde tirada intrinsecamente da terra ) iluminados pelo luar místico de uma lua sem... cor? Ou com e de todas as cores? Sei lá. Sentia-me pedrado. Sentia-me aleijado. Sentia-me reconfortado. Foda-se.. sentia-me sem Norte. Que giro: sinto-me bem neste moche de sentimentos. Ah é verdade.. houve momentos em que não senti uma coisa que fosse: nem o beliscão de alguém que por lá passou... ainda vou descobrir. Não senti.. foi só no principio. Continuei a viagem e fui parar a.. uma cascata? Parecia-se com ela: do alto só caiam sonhos, projectos, ideias, pensamentos, falas, actos, coisas... muitas coisas! Ainda que corri para tentar salvar uma coisa que fosse(ou não fossemos impulsivos) mas no final terminei com dores.. era intocável igual a um vulto mas com um frio nunca dantes visto. Congelei... Fiquei... Shiu... Ali...
Afinal vim a descobrir que conhecia quem me beliscou. Foste tu... Soltei um sorriso no meio daquele gelo e deste fogo.. ! Soltaste tuas chamas e fizeste com que pudesse saltar fora daquele..

Oh...? Que passou? Saltei do gelo, dos sonhos, da cascata, das barracas, dos pórticos, do beliscão, de ti...


segunda-feira, maio 10, 2010

Envolto nos cobertores...


Hoje apeteceu abrir o céu.

Não sei.
Apeteceu mesmo.
A sensação de tocar o que é nosso parece... único.
Único? Único é sentirmo-nos seguros no meio de tanta abundância e de tanta exuberância.
Dentro em breve envolto-me nos cobertores e lembrar-me-ei dos anoiteceres aborrecidos do Inverno... a chuva teimando bater na janela do quarto. Tuc tuc... tuc. O chá fumejando e reconfortando o ambiente do humilde quarto. Quadros antigos, altares religiosos e fotos para recordação. Não sei o por quê destes arquivos/exposições: quem na foto ausente está, não tem interesse/necessidade alguma de ver estes momentos kodak. Enfim...
Vou voltar ao sonho: azul e branco... desenhar as nuvens da forma de uma girafa e de um elefante. Às vezes apetece-me subir num balão de ar quente e voar... ffffuuuuuu.... Mas às vezes nunca é suficiente. Nunca podes comer às vezes ou dar um beijo pela metade. Nem abrir os olhos de manhã, às vezes. Quando os olhos fechares e nunca mais conseguires ter força para os abrires, então é porque o destino assim o planeou.
Porra... fui interrompido.

" - Mãe abença, Pai abença... "

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Miúdos...

Crianças:

Hoje em dia o que não lhes faz mal

A Coca Cola faz mal mas os país teimam em dar-lhes.
A Hambúrguer, o Sol, o Computador, os jogos online, os Palavrões, os Chats, o telemóvel, os Amigos mais velhos, os atacadores desamarrados, os filmes 3D, a Chuva, os Postes na Rua, os Fritos, os Doces... e uma lista gigantesca.

Deixem os miúdos viver o seu melhor tempo.
Deixem os miúdos terem memória da sua infância.
Deixem os miúdos viverem.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

Arde-me a Alma

No vago deste ar. No vazio deste mar.
Cheio, o vento de amar.. Repleto, milhões são as gotas de azar...
Sinto o relento, sinto pontas
Pontas de sufrágio
Rebeldes partes, expoentes de naufrágio.

Mentiras escondidas,
Vidas fingidas.
Falas corrompidas,
Malvadas e sem Vidas.

Chamem-me louco,
Chamem-me tarouco,
Chamem-me piroso.
Chamem-me por tão-pouco,
Chamem-me iroso.

Chama-me pelo primeiro nome
Chama pelo manto que me cobre
Assobiem com o vosso trago frágil e pobre
Içem a espada toda ela nobre
Atirem-me com a sádica e cruel lança.

Agarrem a criança,
Não a deixem sonhar!
Terminem os sonhos,
Matem os tristes risonhos!
Jamais deixarei: deixarei de ser nobre.

Haverá tanta razão para tanto queixume?
É sim, infelicidades em forma de lume.
Ardente na sua dor. Garridas na sua dor.

Fui pássaro e deixei de voar
Fui peixe e deixei de nadar
Fui montanhista e deixei de caminhar
Fui aventuras e deixei-me de loucuras.

Afinal o que sou?
A vergonha do passado, a honra do presente, o juíz do futuro.
O lutador do antes, a dúvida do agora, o imperdível do amanhã.

sábado, outubro 10, 2009

Amar é Mal.

Soltem as rédeas poderosas e grotescas que assaltam minh'alma!
Sustem a respiração. Sustem o teu coração.
Trava o teu saber, o teu manipular.
Começa a amar... ou não?
Dúvidas que ficarão guardadas no obscuro e remoto lugar. Remoto lugar que são os meus sentimentos. Sensação de tocar. Sonhos.

Libertem-me deste mal que é... amar!
Razões para esquecer que tive... um grande amor!
Razões para esquecer o que sempre dizia: amo-te de verdade!

Desistir ou persistir? E se algo correr mal? Eu continuo na escuridão enquanto acredito que não haverá futuro melhor...
Libertem-me deste mal que é... amar!

segunda-feira, setembro 14, 2009

Dignificando quem eu sou


Podes ter dado um Sol em mi Vida.
Podes ter sido o embalo de criança num Luar fantástico.
Podes ter criado uma Natureza nunca antes vista.
Posso ter louvado a Deus a tua existência.
Posso ter sido levado pelo Encanto dos teus traços.
Posso ter perdido noites Agarrado a ti.
Posso ter criado Sonhos e Ilusões estrondosas.

Mas para que serviu isto tudo? Desilusão. Simplesmente Desilusão.

Esperava mais... Sinceridade, pois só assim se vive um Amor de Verdade.

Tirem-me as mais lindas obras dos grandes escritores;
Tirem-me os gritos tresloucados das crianças nos intervalos;
Tirem-me o prazer da amizade;
Apaguem as inquietantes e ricas recordações;
Apaguem as paisagens de cortar a respiração;
Findem as glamorosas quedas de água;

Mas nunca apaguem o que de mais estimo: a minha Dignidade.

Tirem-me as amarras desta vaga Solidão.


É da dignidade que se constroem os mais altos edíficios, que se demarcam os bons jogadores, que se apresentam bons valores, que se consegue vencer... É da dignidade que Eu sou feito.
Ou de Ela faço uso. Ou por Ela luto. Ou por Ela respiro e vivo.

Soltem as amarras, vamos partir em busca de um Mundo novo: no príncipio irá custar-lhe três pedaços de sentimento e duas mãos de lágrimas mas no final será garantida o sorriso interminável da Graciosidade, o abraço inquestionável da Ternura e o beijo fogoso da Paixão.

Esquecer-te será fácil? Aqui vai a resposta: consegui sobreviver a coisas bem piores.

Sim, sei que o Amor é cego. Os amigos, ajudam-nos a recuperar a visão espiritual para que tal baboseira não se repita. A Saudade o tempo cura..

Paz, Saúde, Família e Amigos... São quatro essências, o resto são partes sujeitas a aprovação... a aceitação pela Natureza, por Deus, pela Sociedade e por Mim.
Vitor Prata

sábado, junho 06, 2009

O Nojo veste meu corpo.
Minh'alma alimenta-se de uma raiva imbatível.
Minha boca fecha-se perante o publico.

Muito prometer é uma maneira de enganar.

Tudo nao passaram de promessas imaginárias. Querias uma maneira para escapar e poderes andar a roçar com um e com outro, sem desdão nem perdão.

Nem me peças perdão. Magoaste forte meu coração. E ainda querias que te perdoasse?

Se já na Internet comias por mensagens os outros.. Burro fui eu.
Mas acabou, a minha paciencia cedeu.

segunda-feira, maio 04, 2009

Parte em aventura.. e depois?

Deixa-te levar
Pelas correntes deste mar
Enobrecidas pelas paixões
Das saudades e emoções
De quem vive no tempo de antigamente

Ah, consegues sentir o seu cheiro?
É como a frescura de um pinheiro
E velejando em alto oceano,parto para a aventura
Como um sádico e pudico marinheiro

Enquanto percorres o mar bravo
Do teu braço começou a jorrar sangue imenso
E lembrando a cor do cravo
De um vermelho intenso
Tornaste um lunático e ficas dividido.

Preferes aguardar, preferes silenciar
A tua dor, o teu fervor.
No teu rosto, soltas um sorriso irritante!
Dá-te por contente, não foste o único mirabolante
Que alguma vez sonhou deveras
Que quis tocar e sentir
A curiosa névoa que lá no alto se ergue
Por fim, rico e único conseguir
Sê-lo sem fingir.

Vou descansar, o teu dia está a terminar…
Caça as velas, perdeste a aventura…