segunda-feira, maio 04, 2009

Parte em aventura.. e depois?

Deixa-te levar
Pelas correntes deste mar
Enobrecidas pelas paixões
Das saudades e emoções
De quem vive no tempo de antigamente

Ah, consegues sentir o seu cheiro?
É como a frescura de um pinheiro
E velejando em alto oceano,parto para a aventura
Como um sádico e pudico marinheiro

Enquanto percorres o mar bravo
Do teu braço começou a jorrar sangue imenso
E lembrando a cor do cravo
De um vermelho intenso
Tornaste um lunático e ficas dividido.

Preferes aguardar, preferes silenciar
A tua dor, o teu fervor.
No teu rosto, soltas um sorriso irritante!
Dá-te por contente, não foste o único mirabolante
Que alguma vez sonhou deveras
Que quis tocar e sentir
A curiosa névoa que lá no alto se ergue
Por fim, rico e único conseguir
Sê-lo sem fingir.

Vou descansar, o teu dia está a terminar…
Caça as velas, perdeste a aventura…

Pois é.. claro que sim.

Sentir o que é amar
Saber p’ra onde andar
Foram sempre as coisas
Que me fizeram pensar

Das noites que em claro passava
Sentira sempre que algo me apoquentava
Penava com o tempo que se tornava
Tempo feio de incompreensão rara

Longe de alçancar
A vida que agora vivo
Pois antes só pensava julgar
Todos os outros sem motivo.

Lamentos e lamentações
Enredos e outras mal-criações
Vi que pra sempre levava
Palavras como recordações.

Pelos seres serem restos
Encontrei a saudade como arma
A saudade como karma
O jeito gentil dos gestos
De quem outrora
Para mim sorria
E que só agora
No lixo me metia.

Amar é...

Amar
Em jeito de pompa e circunstância
Fazer alguém sentir uma exuberância
De emoções extremistas

O louco cegamente doido
Corre em busca da sua fonte
De calmaria e de pouca alegria

Busca o certo errante
Fruto daquele que num instante
Torna nevoeiro, e fecha os olhos
Os olhos ao doido, traiçoeiro.

De que é feito este nevoeiro?
De Alma, Luz, Certeza e Impureza.