É incrível como vivemos sempre num ritmo antagónico.
É inacreditável as voltas que esta maldita Viva dá e nunca pára.
É inaceitável que sejamos fruto do mesmo cajado.
É impossível que lembremos sempre de tudo e de todos que assinaram o livro da nossa Vida.
É inconcebível que consigamos subir montanhas e descê-las(que aparenta ser mais fácil), torna-se o complicado.
Certo dia, entrei numa esfera: sem entrada, sem saída. Engraçado. Pareceu-me ver um pórtico gravemente colorido e ao mesmo tempo encoberto por um azul suavemente lançado pelo céu. Rapidamente achei interessante este lugar... mas nem lembro de entrar em lado algum. Prosseguindo. Haviam apenas dois espaços( espécies de barracas de cana verde tirada intrinsecamente da terra ) iluminados pelo luar místico de uma lua sem... cor? Ou com e de todas as cores? Sei lá. Sentia-me pedrado. Sentia-me aleijado. Sentia-me reconfortado. Foda-se.. sentia-me sem Norte. Que giro: sinto-me bem neste moche de sentimentos. Ah é verdade.. houve momentos em que não senti uma coisa que fosse: nem o beliscão de alguém que por lá passou... ainda vou descobrir. Não senti.. foi só no principio. Continuei a viagem e fui parar a.. uma cascata? Parecia-se com ela: do alto só caiam sonhos, projectos, ideias, pensamentos, falas, actos, coisas... muitas coisas! Ainda que corri para tentar salvar uma coisa que fosse(ou não fossemos impulsivos) mas no final terminei com dores.. era intocável igual a um vulto mas com um frio nunca dantes visto. Congelei... Fiquei... Shiu... Ali...
Afinal vim a descobrir que conhecia quem me beliscou. Foste tu... Soltei um sorriso no meio daquele gelo e deste fogo.. ! Soltaste tuas chamas e fizeste com que pudesse saltar fora daquele..
Oh...? Que passou? Saltei do gelo, dos sonhos, da cascata, das barracas, dos pórticos, do beliscão, de ti...