sexta-feira, fevereiro 15, 2008

Que desencontros..

Andei imenso. Passei por ti..
Chocaste com o ombro no meu... e prosseguiste.
Deste a volta à esquina e pairaste como que se uma gota de água evaporasse em tempo rapido que nem deu para contar...
No dia seguinte voltaste.. voltaste em força e negaste que chocaste no meu ombro, negaste que deste a volta à esquina, negaste que evaporaste como gota de água.

Mas que raio? Uma colecção diversificada de sentimentos abraçaram-me como que uma mãe abraçasse um filho encontrado após muita chuva insólita de tanto sofrimento.

Não queria acreditar na proposta que me fizeste. O desespero existe mas não tanto a este nível.. e mãe, se as coisas têem que acontecer.. acontecem. Não lutemos contra tal facto.

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Agora vêem a outra pessoa.. com idade um bocadinho avançada da minha que sente uma ligação pela minha pessoa. Não sei que hei de pensar.. que raio vai nesta cabeça. Que sa foda.. estou a complicar. Mas a pessoa deste Mundo é engraçada e por que não avanço? Carinhosa, afável, simpática era tudo o que sonhara.
Ok. Acho que estou a avançar demais.. mas avançar demais na Vida nunca existe. Oh porra, estou a confundir os termos. Estarei a aproveitá-la?

Mas que raio..

Já não te escrevia à tempos. Estas mentalidades proibem-me de poder espalhar o que sinto, o que penso, o que vejo nos meus olhos, e por fim, mas mais importante.. o que a minh'Alma sente.


Não espero que o Mundo melhore porque é (de certo ponto) difícil mas cá vou-me amanhando com as aventuras que a Vida proporciona.







Se eu pudesse trincar a terra toda e sentir-lhe um paladar,seria mais feliz por um momento...Mas eu nem sempre quero ser feliz.É preciso ser de vez em quando infeliz pra se poder ser natural.Porque nem tudo é dias de sol,e a chuva, quando falta, pede-se.Por isso, tomo a infelicidade com a felicidade,naturalmente, como quem não estranha que haja montanhas e planícies. E que haja rochedos e relva.O que é preciso é ser-se natural e calmo na felicidade e na infelicidade.Sentir... como quem olha.Pensar... como quem anda...E quando se vai morrer,Lembrar-se que o dia morre,e que o poente é belo. E é bela a noite que fica.Assim é.E assim seja....


in Alberto Caeiro